O prefeito da cidade de Letícia, na Colômbia, Jorge Luis Mendonza, acusou nesta segunda-feira, dia 25, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pelo alto índice de infecção de coronavírus na irmã gêmea de Tabatinga, no Amazonas. A informação é da Folha de S. Paulo.
De acordo com o prefeito colombiano, Letícia está vivendo a sua maior pior crise sanitária e a população está colocando a culpa em Bolsonaro.
“Não quero dizer de uma forma grosseira, mas parece que o presidente Bolsonaro não deu a importância que a epidemia exigia“, afirma o prefeito Jorge Luis Mendonza à Folha.
Na visão do prefeito, Leticia e Tabatinga sempre foram cidades gêmeas. O que afeta um lado afeta o outro.
“Então, ficou essa janela aberta entre nós e o restante do Brasil. Foi por esse ponto que o vírus penetrou nessa zona tão isolada”, continuou o colombiano.
A publicação menciona uma líder de um povoado que disse que gente “vai e vem” e que “é utopia dizer que a fronteira foi fechada”.
O prefeito acrescenta que ela conhece diversos casos de pessoas infectadas que chegaram de barco do Brasil e culpa Bolsonaro pela falta de medidas de controle: “Todo mundo sabe o pensamento de Bolsonaro diante dessa ‘gripinha’“.
Letícia e Tabatinga
Leticia, a maior cidade da Amazônia Colombiana, com 49 mil habitantes, acumulou 49 óbitos até este domingo (24), o que representa 7% do total de 705 mortes no país.
Tabatinga (a 1.111 quilômetros de Manaus) é o sétimo município do Amazonas em casos confirmados de coronavírus.
De acordo com último boletim epidemiológico, a cidade fronteiriça amazonense está com 632 confirmações e 48 óbitos.
A Colômbia registrou até agora 21.175 casos, 5.015 recuperações e 727 mortes.
O Brasil tem 370.060 casos confirmados, 149.911 recuperações e 23.102 óbitos por Covid-19.
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