Das mais de 1,4 milhão de pessoas já recenseadas no Amazonas, 49,1% eram homens (689.267) e 50,9% (712.400) eram mulheres e foi possível observar, na pirâmide parcial o envelhecimento da população, o topo da mais avolumado, e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado.
Nessa coleta inicial, 152.218 pessoas se autodeclararam indígenas, no Amazonas, o que representa 33,82% de toda a população indígena recenseada no país. No Censo 2010, foram contados 183.514 indígenas no Amazonas.
Desses, já foram contadas 259 pessoas que se autodeclararam quilombolas, no Amazonas (0.07%) do total recenseado no Brasil. No Brasil como um todo, no primeiro mês de Censo, já foram recenseados 450.140 indígenas, e 386.150 pessoas autodeclaradas quilombolas.
Os dados são do primeiro balanço parcial do Censo de Demográfico do Estado, divulgados hoje, 30. Do total de 10.689 setores censitários do Amazonas, 3.429 estão sendo trabalhados, neste primeiro mês de coleta de dados
O superintendente do IBGE no Amazonas, Ilcleson Mendes, afirmou que os dados são positivos, especialmente em razão das dificuldades de logística próprias do Estado.
Desde o início da operação até o último dia 29 de agosto, 372.752 domicílios já foram recenseados. Nesse período, os 2.702 recenseadores haviam contado 1 milhão, 401 mil e 667 amazonenses.
Entre as maiores dificuldades no interior do Estado é a logística para o recenseador chegar a comunidades distantes e diversas, incluindo as de povos indígenas e quilombolas. “Nós temos, especialmente no interior do Estado, municípios com áreas gigantescas; os nossos recenseadores precisam visitar não apenas as zonas urbanas, mas as zonas rurais, então, para o interior, esse é o principal desafio, conseguir chegar a todas as comunidades: ribeirinhas; aldeias indígenas; comunidades quilombolas”, destaca o superintendente”, disse.
Já em Manaus, um dos principais desafios é o de recensear moradores de condomínios e vilas.
Para superar esse obstáculo, ou melhor, os muros e portões, os recenseadores têm buscado uma diversidade de estratégias para garantir que nenhum morador deixe de ser recenseado, esteja ele na zona urbana ou rural, dentro ou fora dos condomínios.
Outros dados sobre a coleta Cerca de 2,2% dos domicílios se recusaram a responder, no Amazonas, percentual que se espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência. No Brasil, a taxa foi de 2,3%.
Uma grande dificuldade que chama a atenção é a de “encontrar a população em suas residências”, conforme relata o superintendente do Estado. Em média, em 12,7% dos domicílios, os moradores estavam ausentes, “mesmo os nossos recenseadores visitando os domicílios em diferentes dias e horários na semana”, explica.
As entrevistas do Censo Demográfico vão até o dia 31 de outubro. Até lá, os recenseadores seguirão fazendo visitas domiciliares.