Devido à demanda para a realização de exames que comprovem a infecção pelo novo coronavírus em possíveis pacientes, um lote com 240 kits de testes devem ser enviados para o Amazonas ainda nesta semana. O Estado já havia recebido do Ministério da Saúde uma remessa com 500 kits para dar início aos exames.
As análises são realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Manaus – único credenciado no Amazonas para realização dos testes para o novo coronavírus. Com os kits, é possível testar amostras de fluídos coletados na parte interna do nariz do paciente e detectar a presença do vírus no organismo de quem esteja com suspeita de Covid-19.
O Amazonas teve a confirmação nesta terça-feira (17) do segundo caso do novo coronavírus. Trata-se do vice-reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o médico Jacob Cohen. A instituição confirmou que ele testou positivo no último dia 16, depois de retornar de uma viagem a São Paulo com os sintomas leves da doença. O caso deve ser contabilizado oficialmente somente nesta quarta-feira (18), após exames realizado pelo Lacen.
O primeiro caso do novo coronavírus foi confirmado no Amazonas no dia 13 de março. Desde então, medidas vem sendo adotadas por diversos órgãos como forma de prevenção por conta do vírus e o Governo do Estado decretou situação de emergência na saúde pública.
A diretora do Lacen, Tirza Mattos, explicou que cada kit contém oito frascos com solução necessária para detectar o novo coronavírus. De acordo com a diretora, não é possível estimar a quantidade que já foi utilizada, uma vez que os kits não são utilizados apenas nos casos suspeitos, como também para exames de controle no Estado.
“Nós utilizamos esse porque estamos controlando nosso interno. Temos nosso monitoramento de fora e usamos esse kit para ver se [o vírus] não está circulando entre a gente”, explicou.
No interior do Estado, as unidades de saúde recebem materiais para coleta adequada de fluído dos pacientes e enviam as amostras para o Lacen.
O resultado do exame para o novo coronavírus, conforme Tirza Mattos, é liberado entre 12 e 24 horas. Caso haja demanda, o laboratório tem capacidade de analisar até 144 amostras por dia. “Após a coleta, a secreção passa por etapas até chegar na análise de DNA por uma máquina que acusa o se deu positivo ou negativo para presença do vírus no corpo”, contou.