Ao menos 16 pessoas morreram em uma região andina do Peru após beberem um licor, aparentemente adulterado, com o propósito de evitar o contágio pelo novo coronavírus, noticiou nesta sexta-feira (3) a agência estatal Andina.
“Estes pacientes deram entrada no hospital Lircay em 28 de março por consumir álcool para evitar a propagação e o contágio pelo coronavírus, uma ideia errônea que custou a vida a 16 pessoas”, informou a Andina, citando funcionários de saúde da região de Huancavelica, 400 km a sudeste de Lima.
A Andina reportou que agentes da polícia “apreenderam bebidas alcoólicas de procedência duvidosa” que intoxicaram pessoas de oito localidades de Huancavelica, a região com maior taxa de pobreza do Peru.
“A bebida foi vendida em um estabelecimento de reputação duvidosa, o local sofreu intervenção e os sintomas apresentados pelos falecidos eram de intoxicação”, acrescentou a agência, citando o governo regional.
Segundo um veículo de imprensa de Lima, os intoxicados eram de diferentes povoados e beberam “álcool adulterado” quando assistiram a um velório dias atrás.
“Todos deram entrada em centros de saúde apresentando os mesmos sintomas: vômitos, convulsões, respiração lenta, pele azulada. Outros familiares se encontram internados em estado crítico”, informou o jornal “El Comercio” em sua edição digital.
No Peru vigora desde 16 de março um isolamento domiciliar em nível nacional e toque de recolher noturno para tentar frear o avanço da pandemia, que contaminou até agora 1.595 pessoas no país, com 61 mortes, segundo balanço oficial.
A Andina reportou que as autoridades de Huancavelica decidiram “redobrar as ações para o cumprimento do isolamento obrigatório. Também será sancionada a venda de álcool a vendedores e compradores”.
Por: France Presse