A enfermeira Keila Mara Moreira é a primeira da região norte do país diagnosticada com a síndrome de Li-Fraumeni. Uma doença hereditária de predisposição ao câncer, relacionada a mutações no gene TP53. Mulher de Manaus diagnosticada com síndrome rara tem condição semelhante à de Angelina Jolie; entenda doença
O Fantástico deste domingo (10) contou a história de superação da enfermeira Keila Mara Moreira, de Manaus.
Keila foi diagnosticada com a síndrome de Li-Fraumeni. Uma doença hereditária de predisposição ao câncer, relacionada a mutações no gene TP53. O “defeito” nesse gene faz com que tumores possam aparecer em vários órgãos.
A situação de Keila é semelhante à da atriz Angelina Jolie. Em 2013, ela também confirmou – por testagem genética – que tinha uma mutação, mas no gene BRCA 1, que aumentava o risco de cânceres de mama e ovário. Angelina optou pela retirada total dos seios, ovários e trompas.
Keila passou então por outra cirurgia para retirada das duas mamas, inclusive da que estava boa, por precaução.
“Só que o lado esquerdo que estava bom o mamilo não aderiu, infeccionou e eu voltei para uma segunda cirurgia pra retirada prótese do lado esquerdo e a outra prótese – do lado direito – rodou. Ficou para o lado. tudo que eu não queria que acontecesse, aconteceu”, relata.
Após vencer graves problema de saúde, mulheres passam por cirurgia de reconstrução mamária; VÍDEO
Convivendo com o problema
Sérgio, o marido de Keila, expressou suas preocupações, diante do diagnóstico de sua esposa.
“O meu medo era de ela morrer parece que ela fica indefesa sem o seio, como se, aquela parte do corpo fosse uma coisa que que desse uma coragem a mais para ela”, afirma Sérgio, marido da Keila.
A psiquiatra do FEMANA, Ana Lúcia Benito destaca como a imagem corporal afeta as mulheres.
“A imagem corporal é a construção mental que eu faço durante toda a minha vida, de quem sou eu. Então você se constrói dentro do seu eu feminino, como essa mulher e, de repente você perde a sua representação em relação a quem você é no mundo. Isso vem acarretando problemas profissionais, sociais, isolamento, afastamento, dificuldade de se relacionar intimamente com a parceria”, destaca Ana Lúcia Benito, psiquiatra do FEMANA.
A cirurgia de reconstrução mamária
Após tudo isso, Keila passou por uma cirurgia de reconstrução das mamas. Quatro meses após sua cirurgia, encontramos uma nova Keila. Ela agora realizada pequenos grandes sonhos, como escolher um sutiã.
“Faz uma diferença, sim, na minha vida fez e eu entendo que muitas mulheres não querem. Mas assim, eu acho que, no fundo, vale a pena […] Hoje eu me julgo uma vencedora pelo fato só de eu ter conquistado esse pequeno detalhe que foi essa reconstrução”, diz Keila.
Veja a reportagem na íntegra abaixo:
“Eu me tenho de volta”, diz paciente que passou por reconstrução mamária.
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