Com mais de 30 mil casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, o Governo Estadual deve analisar, nesta segunda-feira (25), o planejamento para uma retomada gradual das atividades do estado a partir do dia 1º de junho – a decisão pode ser revogada, diz o governador, caso haja um aumento no número de mortes e casos de Covid-19 no estado.
“Tem havido um número menor de óbitos (por Covid-19) e isso tem diminuído ao longo dos últimos 15 dias. temos um aumento de casos, mas um número alto também de recuperados. Temos mais de 23 mil recuperadas. A gente consegue enxergar uma luz no fim do túnel. Todas as decisões de reabertura do comércio estão condicionadas à essa curva”, esclarece Wilson.
O plano é retomar as atividades no Amazonas no dia primeiro de junho, ao fim do decreto em vigor que mantém apenas o funcionamento de serviços essenciais até o dia 31 de maio.
“Se abrirmos no primeiro de junho e, se, ao longo da semana, percebermos um aumento no número de óbitos de coronavírus, não temos a menor dúvida em voltar atrás na decisão”
O governador Wilson Lima já havia anunciado a manutenção – ou suspensão de medidas restritivas -depende da curva de casos do novo coronavírus no Amazonas. Neste domingo (24), em última atualização, o número de casos confirmados de Covid-19 chegou à marca de 29.867 contaminados – com 1.065 novos diagnósticos em um único dia. O número de óbitos pela doença é 1.758.
Logo após anunciar um projeto de plano de retomada gradual de funcionamento do comércio no Amazonas, ainda no final de abril, Wilson Lima deixou claro que o afrouxamento – ou não – das medidas restritivas dependeria da evolução dos casos de Covid-19 no estado. O anúncio foi criticado por pesquisadores da Fiocruz Amazônia, que alertam para um pico ainda vigente de contaminação pelo estado.
À época, logo no início de maio, ao anunciar o plano de retomada, Wilson chegou a afirmar à Rede Amazônica que as medidas dependeriam dos números de casos no estado. Há uma semana, o Amazonas tem uma média de 1,4 mil novos casos diários da doença.
“Só vai acontecer se seguirmos as medidas de restrição. Vamos avaliar até o dia 13 (de maio) como os números se comportam. Se a gente não tiver evolução, há possibilidade de a gente fechar tudo, de a gente aumentar as medidas restritivas”, afirmou Lima, ainda no início do mês.
Em nota, o Governo do Amazonas esclarece que o Estado, “em busca do equilíbrio nas ações de enfrentamento ao novo coronavírus, sempre priorizou o diálogo com os diversos segmentos sociais na tomada de decisões e que desta vez não será diferente”.